Quem viaja – deixando a segurança do seu habitat natural – seja em trabalho, seja em lazer (qualquer que seja o motivo da deslocação, nomeadamente férias ou turismo), deve ter sempre em especial consideração que passa, normalmente, a confrontar-se com situações de risco que urge prevenir atempadamente, sob pena de poder defrontar-se com situações indesejáveis e que podem determinar sequelas para toda a vida, e mesmo, nalguns casos, por em risco a sua vida.

Esta consulta, efetuada geralmente por médicos especialistas nas áreas da medicina tropical e da medicina das viagens, é muito importante para quem viaja para qualquer país, seja de que continente for.

Por isso, o viajante deve sempre, como medida preventiva, fazer uma consulta do viajante, para se inteirar de como lidar com os riscos para a sua saúde que advêm da viagem que vai efetuar e que variam substancialmente consoante as áreas geográficas para onde seja efetuada a deslocação e tendo sempre em consideração também o estado de saúde de cada viajante, pelo que deve obter o respetivo aconselhamento médico, nomeadamente sobre comportamentos a ter, podendo, ainda, efetuar a vacinação adequada e/ou iniciar a medicação respetiva antes do início da viagem.

OBJETIVO DA CONSULTA

O objetivo da consulta é a avaliação e prevenção de riscos de saúde relacionados com a viagem.

A considerar:

1º – Perfil de saúde do viajante
Deve ser dada especial atenção às grávidas, crianças, idosos e indivíduos com doenças crónicas sob medicação ou outras.

2º – Doenças de relevância existentes nos países de destino
Para algumas dessas doenças não temos defesas naturais nem vacinas no Plano Nacional de Vacinação, como, por exemplo, a vacina contra a Febre Amarela. Deve adotar-se atempadamente a terapêutica profilática antes, durante e após a estada em países em que existem determinadas doenças, nomeadamente a “Malária”. No caso de Ébola ou Dengue devem ser conhecidos do viajante os comportamentos a adotar.

3º – Nível ou qualidade de desenvolvimento sanitário do país(es) de destino
Do estado desenvolvimento sanitário dos países de destino dependem os cuidados a ter, quer a nível individual quer geral (ex: água e alimentos), bem como os comportamentos a seguir perante cada situação.
Durante a consulta o médico definirá o Kit de Viagem (medicamentos, etc.) indicado para cada situação do viajante.

A consulta do viajante deve ser efetuada cerca de quatro a seis semanas antes do início da viagem, para que a vacinação eventualmente em falta possa ser cumprida.

No entanto, continua a ser importantíssima a sua realização ainda que na véspera da partida.

A Consulta do Viajante deve também realizar-se após o regresso da viagem, para diagnosticar eventuais problemas de saúde que podem surgir durante a viagem e que não são percetíveis durante a mesma.

OUTROS ASPETOS A CONSIDERAR

Antes de cada viagem é sempre necessário verificar, no decorrer da consulta, se as vacinas do Plano Nacional de Vacinação se encontram atualizadas (por isso, o viajante deve sempre fazer-se acompanhar na consulta do(s) seu(s) Boletim(ns) de Saúde (Vacinação Nacional e Internacional), onde se encontram registadas as vacinas que tenha tomado e a data de cada toma.